TABACARIA
Não sou nada. Nunca serei nada. Não posso querer ser nada. À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo. Janelas do meu quarto, Do meu quarto de um dos milhões do mundo que ninguém sabe quem é (E se soubessem quem é, o que saberiam?), Dais para o mistério de uma rua cruzada constantemente por gente, Para uma rua inacessível a todos os pensamentos, Real, impossivelmente real, certa, desconhecidamente certa, Com o mistério das coisas por baixo das pedras e dos seres, Com a morte a pôr humidade nas paredes e cabelos brancos nos homens, Com o Destino a conduzir a carroça de tudo pela estrada de nada. ... Continua em: Arquivo Pessoa: Obra Édita - TABACARIA |
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VII - Da minha aldeia vejo quanto da terra se pode ver do Universo…
Da minha aldeia vejo quanto da terra se pode ver do Universo... Por isso a minha aldeia é tão grande como outra terra qualquer, Porque eu sou do tamanho do que vejo E não do tamanho da minha altura... Nas cidades a vida é mais pequena Que aqui na minha casa no cimo deste outeiro. Na cidade as grandes casas fecham a vista à chave, Escondem o horizonte, empurram o nosso olhar para longe de todo o céu, Tornam-nos pequenos porque nos tiram o que os nossos olhos nos podem dar, E tornam-nos pobres porque a nossa única riqueza é ver. |
Egosfera
Prioridade à sustentabilidade do planeta. Pela cidadania e pelo Movimento 560. Pelas políticas de proximidade e do comércio justo. Pelo open source.
20210510
TabaQUEria porque quase apetece fumar, quando me perco na minha aldeia
20210501
Bolha Gular
20200219
Anotações
de quem parte e quem fica
De cantarmos
momentos de Liberdade
criativa
20180728
EgoGénero
As questões de género estão na ordem do dia. Assim pus-me para aqui a refletir (...) sobre o assunto e estava tentado a propôr que em português o masculino terminasse em O (meninO), feminino terminasse em A (meninA) e se crie o género neutro, uma letra algures a meio, como E (nomE). Mas de repente lembro-me do meu nome, Jaime, ou do nome Natividade... ou de se me levantar a questão de por que é que FEMININO é uma palavra do género... masculino!!!! E é então que me dou conta de como é difícil comentar questões de género...
Poderíamos falar da língua alemã que tem género neutro. Mas de repente apercebo-me que Mädchen (rapariga) é de género neutro enquanto Junge (rapaz) é masculino!?!
Depois há outras coisas como "quarto" que se em português é masculino em francês é... feminino!!! Porquê???
Terá a solidão tanto de feminino como o perdão de masculino?
Haverá explicação para tal diversidade??...
Vá... sintam-se livres para ensandecer em reflexões nas férias...
20171025
Egojuizos
Não queria de, como leigo na matéria, deixar passar esta oportunidade temporal para escrever um curto comentário sobre decisões e opiniões "lapidares" transcritas no acórdão do Tribunal da Relação do Porto (Processo n.° 355/15.2 GAFLG.P1 - Recurso penal) cujo relator foi o já famoso juiz desembargador Neto de Moura (ver extrato na imagem).
Passo a listas as minhas interrogações que perplexidade me causam:
Num Estado de Direito como podem ser aplicadas decisões que violam princípios constitucionais?
Não está a Constituição da República Portuguesa, lei fundamental (pelos menos os artigos 9.º h e 13.º 2), acima destas decisões para que tais acórdãos sejam considerados nulos, por indiciarem ilegalidades ou mesmo incitação à violência?
Além disso se adotamos para a legislação nacional a Carta Internacional dos Direitos Humanos, tais princípios ficam "esquecidos" (pelo menos os artigos 7.º e 12.º...) quando são juízes a tomar estas abjetas decisões?
Estarão a "voz" e a "escrita" deles (pior ainda: as suas reflexões teo(i)lógicas...), acima da Lei?
Haverá alguém que explique o porquê desta inoperância judicial?...