O Sr José Pacheco Pereira ao misturar milho transgénico, software livre, farmacêuticas, fastfood e etc... (in Sábado, 23/08/2007; pág. 12) revela uma ligeireza no trato de assuntos tão diversificados que, se eu não tivesse algum conhecimento sobre o seu percurso, diria que era um ignorante a abordar estas temáticas. E ainda por cima apelida de herdeiros do comunismo pessoas que defendem tais causas por si amalgamadas!
Para mim é bem mais perigosa esta sua mistela 'explosiva' pelo poder que o senhor tem na sociedade ao usar espaços de escrita em tiragens significativas da comunicação social.
Saiba o senhor que, embora não retirando lugar ao software comercial (igualmente necessário), sou um acérrimo defensor de software livre, vertente social de programação.
Sabe o senhor quanto custa equipar com software de base os computadores das escolas do ensino básico em Portugal com a marca Microsoft (Windows e MS.Office)? E sabe que essa marca pode ser completamente substituída por software totalmente gratuito?
Ou acha que as diferenças entre os produtos da Microsoft e os sistemas Opensource (exemplo: Linux (Ubuntu /Caixa Mágica) e Openoffice) quando usados por crianças e adolescentes baixa a produtividade de um país?
Se não sabe (e eu acho que sabe mas não quer dizer...) aprenda a achar a diferença dos custos para as escolas (pagas por todos nós) e depois fale das virtudes e defeitos do software livre.
Uma nota final: muito do software livre é desenvolvido em institutos, universidades, escolas do mundo inteiro, para as quais os contribuintes gastam parte dos seus rendimentos. Não é este um bom exemplo de desenvolver um mundo solidário?
Quer comentar, Sr José Pacheco Pereira?
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