20130710

Um país de sonho!?

a) Andamos a ver muitos filmes
b) Andamos a assistir a muitas comunicações ao país...


a) O filme: Portugal in crisis? (Youtube)
Eis mais uma aberração exemplar do (g)orgulho nacional! Tudo está cada vez mais na mesma!!! Portugal não é isto, É BEM MAIS OU MENOS, visto por este lado!
É também campo e abandono do interior; paisagem com agressores de lixo ou incultos todos os dias. Mas o mal é que quem governa e muitos dos que dirigem ocupam o tempo com propaganda e falta de lucidez; com obra de fachada e vidas além das posses; dirigem em carros e gabinetes de luxo a pobreza com que nos alimentam... A revolta que me assola tem a ver com a obra de fachada que temos sempre em volta de nós. 

Atentem só este ano ao país total e vejam as obras locais desnecessárias só para que se mantenham os mesmos nos poderes autárquicos... Enfim... muitos deles também farão filmes de pastéis, obras e inventos e nem sequer perguntam a quem desenvolve o país das dificuldades que sentem para o poderem fazer! 

Implodamos esta mentalidade e façamos uma "revolução" sócio-cultural onde hábitos e práticas de vida mais saudáveis e sustentáveis à medida da nossa riqueza alimentem o nosso progresso.

b) E depois eis qua chegou a hora de ouvir o discurso do sr. Presidente da República (PR). E aí se desmorona o jarro que em cola já suportava os cacos 

Na verdade a capacidade do cidadão Cavaco Silva baralhar as hipóteses que um presidente da república tem para resolver uma aparente crise política só tem uma leitura: isolar o PS e ter uma desculpa para dar continuidade ao fracasso de uma coligação desfeita que já apresentou um remendo para continuar o insucesso governativo. 

Afinal quem tem a bola na mão?

Se o governo perdeu a face, o que terá perdido o PR?


Talvez numa visão de há quase 500 anos Camões nos elucide melhor que Cavaco Silva:

"Fazei, Senhor, que nunca os admirados
Alemães, Galos, Ítalos e Ingleses,
possam dizer que são para mandados,
mais que para mandar, os Portugueses.
Tomai conselho só d'experimentados,
que viram largos anos, largos meses,
que, posto que em cientes muito cabe,
mais em particular o experto sabe."

Os Lusíadas, Canto X, estância 152

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